Mais da metade dos beneficiários gasta auxílio de forma digital


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Mais da metade dos beneficiários gasta auxílio de forma digital

Presidente da Caixa participou do programa A Voz do Brasil

Mais da metade das pessoas que recebem o auxílio emergencial gastam o benefício pelo aplicativo de celular, antes de fazerem o saque nas lotéricas e nas agências, disse hoje (9) o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Ele participou do programa A Voz do Brasil e ressaltou a importância do aplicativo Caixa Tem na inclusão bancária e financeira da população.

“As pessoas estão utilizando muito bem o Caixa Tem. Mais da metade das pessoas [que recebem o auxílio emergencial] já consome o benefício antes de fazer o saque nas lotéricas e nas agências. Isso é muito importante porque essas contas [poupança] são de graça e vão ficar depois do auxílio”, disse Guimarães.

O presidente da Caixa disse que, no ano passado, o banco pagou a 120 milhões de brasileiros por meio do aplicativo e informou que a ferramenta será usada para pagar todos os benefícios sociais e trabalhistas do banco, não apenas o auxílio emergencial. “O governo incluiu 38 milhões de pessoas que não tinham acesso a nenhum tipo de benefício social. Essas pessoas receberam uma conta bancária de graça”, acrescentou.

Fraudes

O presidente da Caixa ressaltou que, em dois casos, os beneficiários do auxílio emergencial precisarão ir às agências antes do início do pagamento. O primeiro diz respeito a alguns usuários que trocaram de telefones celulares entre o fim do ano passado e abril deste ano e tiveram o aplicativo Caixa Tem bloqueado. O segundo refere-se a beneficiários com mais de um CPF, que precisarão ir as agências comprovar a identidade.

Segundo Guimarães, o comparecimento às agências nessas situações será necessário para evitar fraudes. Ele, no entanto, pediu para os beneficiários evitarem corridas aos bancos e assegurou que todo mundo será atendido. “Não precisa chegar cedo [à agência], basta levar identidade e o desbloqueio demora cinco minutos”, explicou.

Apesar das precauções, o presidente do banco ressaltou que o volume de fraudes foi muito pequeno, inferior ao pagamento de benefícios sociais nos Estados Unidos. De acordo com ele, em 2021, as fraudes deverão ser ainda menores, porque o auxílio emergencial será pago nas mesmas contas poupança usadas em 2020.

Saques

O pagamento da nova rodada do auxílio emergencial, com benefícios de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375 (dependendo da família), começou a ser depositado na terça-feira (6) para os trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) em janeiro nas contas poupança digitais. Hoje (9) receberam os nascidos em fevereiro. No domingo (11), receberão os nascidos em março.

Esse público só poderá sacar o auxílio quatro semanas depois do depósito na conta poupança digital. Até lá, o dinheiro só poderá ser movimentado pelo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), compras em lojas eletrônicas e pagamentos com código QR (versão avançada do código de barras) em máquinas de estabelecimentos conveniados.

Segundo Guimarães, esse prazo entre o depósito e o início dos saques é necessário para evitar aglomerações nas lotéricas e nas agências. “Esse calendário é necessário exatamente para organizar para que as pessoas possam saber quando ir às agências. Isso foi feito no ano passado e, quando nós implementamos, ainda em maio, conseguimos uma redução muito grande nas filas. Implementamos [o calendário] pelo aniversário porque o mês de aniversário todo mundo sabe quando é e fica mais fácil para a população, principalmente a mais humilde”, explicou.

Apenas os cerca de 10 milhões de beneficiários do Bolsa Família poderão sacar diretamente o auxílio emergencial nas agências e nas casas lotéricas nos dez últimos dias do mês. De acordo com o presidente da Caixa, quase todos os inscritos no programa social receberão os valores do auxílio emergencial. Assim como em 2020, os membros do Bolsa Família receberão o valor atual do benefício ou o auxílio emergencial, prevalecendo o maior montante.

Fonte: Agência Brasil

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