Paratleta suporta falta da filha, de 3 anos, para alavancar sonho olímpico a quase 800km de casa


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Paratleta suporta falta da filha, de 3 anos, para alavancar sonho olímpico a quase 800km de casa

Aos 19 anos, maranhense Ana Carolina Coutinho Reis deixa Goiânia e se transfere para o Sesi de Presidente Prudente, onde alimenta meta de disputar os Jogos de Los Angeles no parabadminton

Embora jovem mulher, aos 19 anos, mãe e paratleta com um sonho gigantesco. Por ora, grande também é a saudade da filha Ana Clara, de 3 anos, distante por causa do passo ousado dado por Ana Carolina Coutinho Reis, do parabadminton.

A maranhense, porém em Goiânia há 15 anos, deixou a capital goiana e mudou-se para Presidente Prudente com um objetivo: alavancar o sonho de participar dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028. Assim, vem compondo uma trajetória capaz de provar a força feminina, homenageada internacionalmente neste 8 de março.

O reforço do time foi anunciado pelo Sesi às vésperas do Mundial da Tailândia. O pódio não veio, mas a experiência serviu para mostrar que o sonho faz suas exigências. Na Ásia, a delegação brasileira ainda teve mais três nomes do Sesi de Prudente. Yuki Rodrigues e Mikaela Almeida, outros dois reforços anteriores, e a técnica Mayara Bacarin integraram a lista de convocados.

– Vejo que essa decisão foi tomada de forma um pouco atrasada até. Isso até eu entender ter que mudar, ter que buscar a minha melhora. É praticamente um recomeço. É limpar tudo, iniciar um novo ciclo, já que o ciclo paralímpico de Paris se encerrou [ao parabadminton]; e um novo ciclo, pensando em 2028, na prática já começou.

Os caminhos e orientações dadas por Mayara Bacarin vão além do badminton. Vale lembrar que, em 2020, o ge contou a história da agora treinadora de Ana Carolina, por tudo construído como mãe e professora.

Se as dicas de Mayara como técnica podem ser fundamentais para o sonho de 2028, as dicas na condição de mãe vêm sendo úteis no presente momento. Tal ajuda e entrosamento fazem Ana Carolina se alegrar com a rápida adaptação ao Oeste Paulista, ainda que a nova casa seja mais quente.

– E como é diferente o calor daqui (risos). Cheguei no final de janeiro, mas já estou adaptada, sim. A Mayara tem muita coisa para passar, também como mãe, ao conseguir harmonizar tudo – ser mãe e o esporte. Fui recebida de braços abertos e tem sido de muito aprendizado.

Do Maranhão a São Paulo; antes, Goiás

Ana Carolina é natural de Imperatriz (MA). A saída do interior maranhense para a capital goiana se deu em razão da busca por tratamento mais avançado. Ela nasceu com a Síndrome de Sprengel, a qual, em resumo, causa limitações nos ombros. Em 2011, passou por procedimento cirúrgico, cujo desfecho favorável foi ampliar a movimentação – e horizontes.

– Ela [a cirurgia] me possibilitou fazer coisas que antes não conseguia – relembra a paratleta.

Fonte: O Imparcial

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