Pacheco diz que plano do Brasil é aplicar 2 milhões de doses por dia em maio
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta segunda-feira (5) à CNN que o Brasil deve chegar em maio com uma média diária de duas milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas no país. Segundo Pacheco, a meta está nos planos estruturados pelo comitê de enfrentamento à doença que foi formulado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O foco agora, diz Pacheco, é a ampliação da capacidade vacinal para que em abril a média diária de doses aplicadas fique em um milhão, para que então ela seja dobrada no mês seguinte.
“Isso nos trará um enfrentamento condizente com o tamanho do problema, para o tamanho da crise, pela gravidade da doença, que mudou suas características, de um vírus que veio mais forte em 2021 e que e que precisa de um contragolpe tão forte quanto.”
A fala do ministro acontece no mesmo dia em que a Fiocruz reduziu a previsão de entrega da vacina de Oxford/AstraZeneca para o mês de abril. A previsão do Ministério da Saúde era receber 21,150 milhões de doses feitas no laboratório Bio-Manguinhos, mas a nova divulgação fala em 19,7 milhões de doses até o fim do mês.
O presidente do Congresso também disse que há “boas perspectivas de que tenhamos vacinas suficientes, no decorrer do ano de 2021, para toda a população brasileira”, mas não deu mais detalhes.
Pacheco ressaltou que a coordenação do comitê é responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro, e não dele, fez um apelo público para que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tenha autonomia para estabelecer os protocolos sanitários necessários para o enfrentamento da pandemia.
“O coordenador técnico, que precisa ser ouvido à luz da saúde e da ciência, é o ministro da Saúde, doutor Marcelo Queiroga, que tem seu protocolo e tem sido muito feliz em suas abordagens de enfrentamento e dos aconselhamentos dados à população brasileira”, afirmou o senador.
Importação de vacinas por empresas
Sobre a pressão feita por alguns empresários para que possam importar vacinas e aplicar em seus funcionários, de forma dissociada do Plano Nacional de Imunização (PNI), Pacheco rechaçou a proposta e falou que entregar todas as vacinas possíveis ao sistema público, para cumprimento do PNI conforme a definição dos grupos prioritários é algo “eticamente sustentável” e eticamente exigível”.
Para Pacheco, a vacinação por via privada só pode acontecer quando a oferta de vacinas for suficiente para a população brasileira como um todo, “independente de ser rico ou pobre”, de forma que não se estabeleça algum tipo de privilégio. O político falou que quando o país tiver contratadas 500 milhões de doses, conforme o cronograma do Ministério da Saúde, aí sim “se pode discutir a flexibilização para a iniciativa privada para que se ganhe escala de vacinação por conta da agilidade”.
“O que não pode é a iniciativa privada poder comprar, numa eventual alteração da lei, e estabelecer uma concorrência com o setor público, capaz de afetar o desenvolvimento do cronograma do Sistema Único de Saúde”, afirmou.
Por Gregory Prudenciano e produção de Thaís Arbex, da CNN, em São Paulo e Brasília
Fonte CNN Brasil.
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