Os acordos no relacionamento amoroso
Em um relacionamento afetivo, mesmo sendo o amor o principal ingrediente, é natural que, em alguns momentos, haja pontos de vistas divergentes entre o casal diante de uma mesma situação, até porque a maneira como cada um percebe o mundo e expressa os sentimentos é muito individual.
Dito assim parece simples, porém, na prática, nem todo casal pensa ou age desta maneira, principalmente quando um dos parceiros adota uma postura onde impera a satisfação apenas dos seus interesses, não se importando com o impacto que isso pode causar no outro. E num relacionamento, quando isto ocorre, desencadeia conflitos, rivalidades, num processo de culpabilização mútua.
Respeitar a maneira de ser e pensar do outro, compreender os limites do relacionamento, preservando a identidade de cada um, é sinal de bem querer. O que faz crescer um relacionamento não são apenas os pontos de vista em comum entre o casal, mas também as diferenças sejam de ideias, gostos ou hábitos, pois possibilita que cada um pense a vida sob novas perspectivas.
Só que para alguns casais, respeitar a individualidade é sinônimo de deixar que o outro faça o que bem entender. Um grande equívoco. Na construção de um relacionamento, para que se estabeleça uma boa convivência, é preciso que haja adaptações, flexibilizações, concessões, mas não através de imposições. Por isso, os acordos são necessários para que o casal encontre saídas que atendam as necessidades de ambos.
Repensar e modificar alguns comportamentos torna-se necessário quando gera desconforto ao outro. Contudo, isso deve ser muito bem conversado entre o casal, pois a decisão não pode desencadear mal estar para a própria pessoa que está cedendo. Dai a importância de ser empático.https://de23576d6db074d139ae572df4190d02.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Claro que quando o assunto é briga de casal, não há uma receita que dê certo para todo mundo. Vai depender do jeito de ser de cada um, da maturidade emocional, além dos pactos entre o casal, pois o que pode parecer absurdo para um determinado relacionamento, em outro o casal não vê problemas em abrir mão.
De qualquer forma, o diálogo é sempre a regra básica, já que o desencontro acontece quando cada um se fecha no seu mundo, considerando que um sabe o que o outro está pensando, ou quando um não escuta o que o outro diz. É preciso explicitar o que cada um sente. A troca é saudável para que o casal chegue a um acordo. Este é o ponto de equilíbrio.
Se algo precisa ser resolvido, então é fundamental não deixar o problema ao acaso, empurrando com a barriga, pois isto só irá acumular os dissabores que sempre serão lembrados nas brigas seguintes, tornando um ciclo vicioso.
Do contrário, mesmo que o casal tenha muitos pontos em comum, o relacionamento pode chegar ao fim. Exceto se isto for o desejo de um dos parceiros.
créditos: Joselene Alvim – psicóloga
Por Jô Alvim, Psicóloga
Fonte G1.
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