Uma dose da vacina da Janssen pode ser ineficaz contra variante delta do coronavírus, diz estudo


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Uma dose da vacina da Janssen pode ser ineficaz contra variante delta do coronavírus, diz estudo

A vacina contra a Covid-19 feita pela Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) é muito menos eficaz contra as variantes delta e lambda do que contra a cepa original do vírus, segundo um novo estudo publicado online na terça-feira (20).

A conclusão tem base em experimentos que usam amostras de sangue em laboratório para medir a produção de anticorpos, mas podem não refletir a performance da vacina no mundo real.

As conclusões se acrescentam a evidências de que milhões de pessoas inoculadas com a vacina da Janssen talvez precisem receber uma segunda dose —preferivelmente de uma das vacinas de mRNA fabricadas pela Pfizer/BioNTech ou a Moderna, afirmam os autores da pesquisa.

As conclusões, porém, não confirmam as de estudos menores publicados pela Johnson & Johnson no início deste mês, que sugerem que uma única dose da vacina é eficaz contra a variante mesmo oito meses após a inoculação.

O novo estudo ainda não foi revisado por pares nem publicado em um jornal científico e se baseia em experimentos em laboratório. Mas é consistente com observações de que uma única dose da vacina AstraZeneca —que tem tecnologia semelhante à da Janssen— mostra eficácia de apenas 33% contra a doença sintomática causada pela variante delta.

“A mensagem que queríamos passar não é que as pessoas não devem tomar a vacina da Janssen, mas esperamos que no futuro ela seja reforçada com mais uma dose dela própria ou uma da Pfizer ou da Moderna”, disse Nathaniel Landau, virologista na Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York, que liderou o estudo.

Outros especialistas disseram que os resultados foram os esperados porque todas as vacinas parecem funcionar melhor quando dadas em duas doses. “Eu sempre pensei, e disse várias vezes, que a vacina da Janssen é uma vacina de duas doses”, disse John Moore, especialista em vírus na Weill Cornell Medicine em Nova York.

As informações são da Folha de S.Paulo

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