Técnica de enfermagem de 28 anos morre vítima da Covid-19 em Dracena; município ultrapassa os 120 óbitos pela doença


Técnica de enfermagem de 28 anos morre vítima da Covid-19 em Dracena; município ultrapassa os 120 óbitos pela doença

Servidora trabalhava na linha de frente de combate ao novo coronavírus no Centro Municipal de Atendimento à Covid-19 (Cemac). Ela morreu na madrugada desta segunda-feira (15).

A Prefeitura de Dracena comunicou mais quatro mortes provocadas pela Covid-19. Entre os óbitos está a técnica em enfermagem Rita de Cássia Muniz Antonelo, de 28 anos, que atuava na linha de frente de combate à doença. Ela faleceu na madrugada desta segunda-feira (15).

Rita de Cássia ficou internada na Santa Casa de Dracena de 6 de março e até às 2h desta segunda-feira, quando faleceu. De acordo com a Prefeitura, ela já trabalhou no Pronto Atendimento Municipal (PAM) e nas Unidades Básicas de Saúde, e atualmente trabalhava no Centro Municipal de Atendimento à Covid-19 (Cemac).

O total de mortes na cidade agora subiu para 121:

118° óbito: Uma mulher, de 71 anos, ocorrido no dia 12/02 às 19h25, na Santa Casa de Dracena

119° óbito: Uma mulher, de 59 anos, ocorrido no dia 12/02 às 19h30, na Santa Casa de Dracena

120° óbito: Uma mulher, de 81 anos, ocorrido no dia 13/03 às 13h30, na santa Casa de Dracena

121° óbito: A jovem de 28 anos, que esteve internada na Santa Casa de Dracena e faleceu nesta segunda-feira

No último boletim epidemiológico, publicado no dia 12 de março, constam 3.620 casos positivos de Covid-19 em Dracena.

Mais sepulturas

Na última sexta-feira (12), a Prefeitura de Dracena iniciou a abertura de novas gavetas de sepulturas no Cemitério Municipal em razão do aumento de mortes de moradores da cidade provocadas pela Covid-19. O secretário de Infraestrutura, Habitação e Assuntos Viários, Ademar Alves Pereira, afirmou que o “plano de trabalho é abrir até 100 gavetas”.

Segundo Pereira, a “ação não é para causar pânico na população, mas sim uma iniciativa da Prefeitura em providenciar um serviço com maior dinamismo, para que não seja pega de surpresa”.

O secretário pontuou que, normalmente, eram mantidas abertas no cemitério cerca de 20 gavetas para serem utilizadas no período de um mês. Porém, como o “número de mortes na cidade dobrou, devido principalmente a questão da pandemia Covid-19, o serviço está sendo efetuado”.

Outro ponto que o secretário ressaltou é “com relação ao tempo”. Segundo ele, “se começar um período chuvoso, o serviço não tem como ser realizado, mais um motivo para já estar ocorrendo”.

Colapso

Em entrevista ao G1 no dia 17 de fevereiro, o prefeito André Kozan Lemos (PATRIOTA) afirmou que a cidade de Dracena entrou em colapso em decorrência do agravamento da pandemia da Covid-19.

Um decreto municipal foi elaborado com novas restrições impostas para tentar controlar a situação da pandemia no município, inclusive com a adoção de toque de recolher e lockdown aos fins de semana.

No dia 26 de fevereiro, o prefeito anunciou que havia contraído o novo coronavírus. No dia 3 de março, ele precisou ser hospitalizado para receber oxigênio.

O ex-prefeito Juliano Brito Bertolini (PODE), que foi o antecessor de Lemos à frente do Poder Executivo, também foi diagnosticado com a Covid-19. No dia 1º de março, ele foi transferido da Santa Casa de Misericórdia de Dracena, onde estava entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para um hospital particular em Botucatu (SP).

No último sábado (13), Lemos recebeu alta da Santa Casa do município.

O último boletim sobre o estado de saúde do ex-prefeito de Dracena, divulgado neste domingo (14), informa que ele segue internado. “Ele permanece na UTI, apesar de ter sido extubado para ter um amparo melhor para tratar uma pneumonia (gerada, provavelmente, pelo tempo de intubação). Já está praticamente de alta da nefrologista. Ainda está muito sonolento (os efeitos da sedação ainda estão no organismo)”, informou o hospital.

No dia 5 de março, a Prefeitura divulgou o registro de casos da variante brasileira da Covid-19 no município. Através de coleta feita na cidade pelo Laboratório São Lucas, as amostras foram enviadas à empresa Dasa, uma rede de laboratórios, em Barueri (SP). O resultado dos exames apontou que, das 10 amostras analisadas, apenas uma não é a variante conhecida como P.1. Esta cujo resultado não comprovou a cepa o exame informou que se trata de outras linhagens.

Fonte: G1

Compartilhe esta publicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *