Tamanduá-bandeira é atropelado em estrada vicinal em Junqueirópolis
Corpo da fêmea da espécie foi destinado ao Parque Estadual do Rio do Peixe, onde servirá de alimento para outros animais.
O atropelamento de um animal silvestre da espécie tamanduá-bandeira foi registrado pela Polícia Militar Ambiental nesta quinta-feira (19), em Junqueirópolis (SP). O corpo estava em uma estrada vicinal.
Uma equipe da Polícia Ambiental recebeu uma informação de que um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) estaria caído e ferido no acostamento da estrada vicinal que liga o município de Junqueirópolis ao Bairro Salgado Filho.
Quando chegaram ao local, não havia veículo ou pessoa. Os policiais constataram que se tratava de uma fêmea da espécie e que havia sido atropelada, porém já estava morta.
O corpo do tamanduá-bandeira foi destinado ao Parque Estadual do Rio do Peixe, onde servirá de alimento para outros animais.
A Polícia Militar Ambiental alerta aos usuários da via para que tenham cautela durante o deslocamento, pois está cada vez mais recorrente esse tipo de acidente com animais silvestres.
Tamanduá-bandeira
A espécie tem distribuição em campos e cerrados da América Central e do Sul, desde a Guatemala até a Argentina.
São insetívoros. Comem apenas formigas e cupins. Abrem os cupinzeiros e os formigueiros com as garras poderosas. Eles introduzem a longa língua, com diâmetro entre 1 cm e 1,5 cm, que pode projetar a 60 cm para fora da boca. Os insetos ficam grudados na língua e, desta forma, o animal apenas os engole.
Os tamanduás-bandeira são os únicos mamíferos terrestres que não possuem dentes, os tatus e preguiças possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte. Seu comprimento da cabeça e corpo é de 1 a 1,2 metro. Só de focinho, são quase 45 centímetros e tem ainda a cauda, com 60 a 90 centímetros. A cauda tem pelos longos que formam uma espécie de bandeira, o que serviu para adjetivação de nome vulgar.
Animal de hábitos diurnos, normalmente vagaroso, mas quando perseguido pode fugir em galope. O famoso abraço de tamanduá, tido como símbolo de traição, é praticamente a única defesa desse animal desajeitado e de visão e audição muito limitadas. O melhor sistema de alerta do tamanduá-bandeira é o olfato, que é apuradíssimo.
Ao pressentir o perigo, ele faz uso de articulações extras e levanta as patas dianteiras, apoiando o peso num tripé formado pelas duas patas traseiras e a cauda. É a posição de defesa, mesmo assim o tamanduá-bandeira suporta certa proximidade com o homem, sobrevivendo em áreas de lavouras e até perto de cidades.
Fonte: G1
Deixe um comentário