Operação mira suposto grupo criminoso que causou prejuízos de cerca de R$ 50 mil a moradores do Oeste Paulista com golpes virtuais


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Operação mira suposto grupo criminoso que causou prejuízos de cerca de R$ 50 mil a moradores do Oeste Paulista com golpes virtuais

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital de São Paulo e Grande São Paulo nesta quinta-feira (26), segundo a Polícia Civil.

A Polícia Civil realizou, na madrugada e manhã desta quinta-feira (26), a Operação Virtue, que busca pistas para desestruturar um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes em moradores da região de Presidente Prudente. Por enquanto, o prejuízo estimado está em mais de R$ 50 mil. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região da capital de São Paulo (SP) e Grande São Paulo.

Conforme a Polícia Civil, o grupo atua através de aplicativos, engenharia social e conversas por aplicativo de celular, com objetivo de obter vantagem indevida.

Foram os relatos de uma auxiliar de enfermagem, moradora de Ribeirão dos Índios (SP), cidade com cerca de 2,2 mil habitantes, que os policiais deram início às investigações e descobriram que os criminosos estavam a 650 quilômetros da casa da vítima. A mulher precisava de um financiamento, aderiu a uma propaganda nas redes sociais e teve prejuízo de R$ 2.271,80.

Essas mesmas pessoas também estariam aplicando golpes em mais moradores de cidades pequenas do Oeste Paulista.

A Polícia Civil afirmou que a “maioria das vítimas necessita do empréstimo para alguma emergência e em vez de obter o suporte financeiro acabam pagando para liberação de burocracias criadas pelos criminosos, que fingem preparar documentos e pesquisas para liberação do financiamento”.

Outra vítima do grupo é uma moradora de Rosana (SP). “Com o avançar das investigações a polícia pretende recuperar valores para ressarcir o prejuízo”, informou a corporação.

Os cumprimentos de busca e apreensão resultaram na apreensão de equipamentos eletrônicos utilizados nas fraudes, documentos que revelam a movimentação financeira.

Os investigados foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Ribeirão Pires (SP) e serão interrogados e indiciados.

A pena do crime de estelionato é de 1 a 5 anos de reclusão e o grupo também será responsabilizado pelo crime de integrar organização criminosa e lavagem de capitais.

Os correntistas que receberam o dinheiro ilícito serão indiciados por lavagem de capitais e por integrar associação criminosa.

Após a prática do crime investigado nesta Operação da Polícia Civil, a Lei Penal foi alterada com a entrada em vigor da Lei 14.155, de 27 de maio de 2021 e com a criação do crime de fraude eletrônica, o estelionato nestas hipóteses passa a ter pena de 4 a 8 anos.

“A expansão da tecnologia e o confinamento decorrente da pandemia levou as pessoas a migrar muito mais intensamente para formas eletrônicas de se relacionar e, principalmente, grupos vulneráveis acabam sendo mais suscetíveis de serem enganadas pelos criminosos virtuais. O avanço tecnológico é essencial, mas o risco é potencializado para esses grupos vulneráveis”, afirmou o delegado de polícia Everson Aparecido Contelli, que preside as investigações.

Foram apreendidos equipamentos eletrônicos utilizados pelos indiciados.

A Polícia Civil explicou que o nome da Operação Virtue remete a palavra “virtude”, que significa “disposição firme e constante para a prática do bem”.

A ação contou com a atuação de 21 policiais civis da região de Presidente Prudente, com apoio das equipes de Ribeirão Pires (SP).

Fonte: G1

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