Multas por maus-tratos a animais já totalizam R$ 75 mil neste ano na região de Presidente Prudente, aponta Polícia Ambiental

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Multas por maus-tratos a animais já totalizam R$ 75 mil neste ano na região de Presidente Prudente, aponta Polícia Ambiental

Reportagem conversou com responsáveis por abrigos sobre o mês Abril Laranja.

Peludos, de raça, grandes, pequenos, de estimação..Há diferentes tipos de animais e espécies pelo mundo e que, felizmente, vêm acompanhados por leis que defendem a proteção dos bichinhos e, que em meio aos latidos, dão voz e visibilidade à causa animal.

Apesar do regimento constituído no Brasil, os maus-tratos ainda possuem registros. Segundo dados compartilhados pela Polícia Militar Ambiental, nos primeiros quatro meses de 2025 foram aplicados 20 autos de infração ambiental envolvendo cães e gatos no Oeste Paulista, resultando no valor de R$ 75 mil em multas.

Ainda conforme a Polícia Ambiental, foram registradas 45 infrações na região de Presidente Prudente (SP) em 2024, e somados, os valores das penalidades chegaram a R$ 243 mil.

De acordo com a delegada Anna Carolina Aguero Mazzo, de Paulicéia (SP), em casos de maus-tratos o morador deve fazer a denúncia para que o responsável possa ser devidamente investigado e responsabilizado pelo crime.

“Confome o artigo 32 da Lei n. 9.605/98, a pena varia de três meses a um ano e multa e, quando se trata de cão ou gato, a pena passa a ser de dois a cinco anos, além de multa e proibição da guarda. Também há previsão de causa de aumento de pena para o caso de morte do animal”, explicou a delegada.

“É compreensível que, em um país onde grande parte da população ainda enfrenta condições precárias de vida, falar sobre o direito dos animais a uma vida digna possa parecer incoerente. Mas é preciso entender que o combate ao abuso, abandono e maus-tratos de animais vai muito além de compaixão, de gostar ou não gostar de animais, trata-se também de uma questão de saúde pública”, disse Anna.

“Animais abandonados nas ruas podem se tornar vetores de doenças, agravar problemas sanitários e aumentar a vulnerabilidade de comunidades inteiras, especialmente nas áreas mais pobres. Além disso, a violência contra animais muitas vezes caminha lado a lado com outras formas de violência, quem maltrata um animal é mais propenso a cometer atos de crueldade contra pessoas também”, explicou a delegada.

Miados e latidos 🦴

Em meio a casos de crueldade com os animais, há sempre uma luz no fim do túnel, e no caso dos abrigos e Organizações Não-governamentais (ONGs) de defesa dos animais, o brilho é nítido no olhar dos bichinhos resgatados e nos olhos dos voluntários.

Para a presidente da ONG Salvacão – Recanto dos Anjos, Fátima Canuto, que trabalha com o resgate dos animais há cerca de 10 anos juntamente com o marido, em Osvaldo Cruz (SP), uma das maiores dificuldades enfrentadas na jornada com os animais é a falta de adoção.

“Um resgate nunca termina no resgate…São meses de tratamentos até o animal ficar bem de saúde, e quando está bem, precisamos de local para abrigá-lo. muitos não são adotados e o número de abrigados só cresce, e o abandono também. Muito triste”, contou.

A reportagem, Fátima compartilhou que, apesar dos desafios, uma das maiores conquistas do trabalho é sentir o “muito obrigado” que cada animalzinho mostra por meio de comportamentos e ações, como um simples abanar de rabo, por exemplo.

“O olhar de gratidão de cada vida salva. eles retribuem em amor como nenhum outro animal dito irracional seja capaz de retribuir. vê-los com saúde, felizes, rodeados de outros amigos é a maior recompensa”, disse Fátima.

“Eles não têm voz, não tem ninguém por eles e não sabem reclamar de dor, fome, medo e frio, por exemplo. Precisam que falemos e agimos por eles”, ressaltou a cuidadora.

Atualmente, a Salvacão cuida de 152 cães, 17 gatos, 12 jabutis, uma tartaruga-tigre-d’água e quatro equinos.

Já para a presidente da Sociedade Protetora dos Animais Abandonados de Presidente Prudente (SPAA), Joseane Marcelino, que junto com uma equipe de voluntários atende 75 gatos, 21 cães e um pato, a transformação e a gratidão demonstrada pelos bichinhos são o que os motiva a continuar.

“Defender a causa animal é promover respeito à vida. Os animais são seres sencientes e merecem dignidade, cuidado e proteção. Lutar por eles é também lutar por uma sociedade mais ética e consciente”, salientou Joseane.

Fonte: G1

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