Morre o jornalista e pecuarista venceslauense Clóvis Moré aos 73 anos


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Morre o jornalista e pecuarista venceslauense Clóvis Moré aos 73 anos

O jornalista e pecuarista, Clóvis Moré, morreu na manhã desta terça-feira (18). Ele estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças em Presidente Prudente, em tratamento de câncer no sistema digestivo. De acordo com informações de familiares, ele teve uma parada cardíaca e veio a óbito.

Clóvis já havia enfrentado um câncer violento no intestino grosso, e conseguiu vencer, no entanto, nos últimos meses ele voltou a sofrer com a doença.

Ele deixa a esposa Maria Luiza, e as filhas Cristina, Luciana e Luzia, além de seis netos.

O venceslauense é irmão do também jornalista Toninho Moré, e foi um dos pioneiros do jornalismo na região.

O corpo será velado a partir das 14 horas no Memorial da Organização Presidente e sepultado às 18 horas desta terça-feira no cemitério de Presidente Venceslau.

Histórico
Clóvis nasceu em Presidente Venceslau, filho de Nico Moré e Lourdes Moré (falecidos), e teve os irmão Cláudio (falecido), Ivan Moré (falecido), Armando Moré, Toninho e Rafael Moré (Falecido). 

Viveu sua juventude como os demais venceslauenses que nasceram na década de 40 e seu ponto alto de trajetória profissional está na imprensa. Começou no rádio incentivado por Altino Correia e se tornou um dos ícones da imprensa regional, tanto na radialismo como no jornalismo imprenso. É um dos baluartes da radiodifusão no oeste paulista, sendo responsável pela evolução da Rádio Presidente Venceslau AM e um dos fundadores da Rádio Jovem Som FM de Presidente Venceslau. 

Em meio à administração, especialmente da Rádio Presidente Venceslau AM, Clóvis Moré, juntamente com Esidro Tacca, foi um dos responsáveis pela formação de diversos profissionais da área que até hoje atuam em todo o Brasil. Podemos dizer que é “o pai de todos”, quando se fala em rádio e jornalismo na região.

A sua experiência própria foi motivo de incentivo para muitos. Clóvis aprendeu de tudo no rádio. Sabia detalhes importantes da área técnica. Atuou como noticiarista, redator, discotecário, repórter, narrador esportivo, sem falar na área em que deu os primeiros passos na emissora, na portaria sendo o recepcionista. Para no futuro chegar ao cargo de gerência também trabalhou na administração financeira e na contabilidade. Quer dizer, fez de tudo.

Este velho guru da imprensa também tem uma outra paixão, a de criação de gado. Desde jovem sempre apreciou aqueles “livrões” que mostravam os grandes touros campeões da raça Nelore. Depois de comprar uma pequena propriedade de 12 alqueires nos arredores de Presidente Venceslau, iniciou sua criação de gado e conseguiu conquistas inéditas para pecuaristas da região, vários títulos em Uberaba como grande campeão, donos dos touros Chodó, Ghadeu e outros. 

Voltando à imprensa, teve passagens importantes pelo jornal O Imparcial e TV Fronteira, e na Rádio Presidente Venceslau fez reportagens históricas como os fatos de um sequestro na P1, rebeliões e ateamento de fogo na prefeitura e no Fórum. Foi também um ferrenho defensor da cidade em episódio da Rede Globo, que apresentou reportagem denegrindo imagem de Presidente Venceslau como uma reles cidade do interior ao narrar um desses episódios. 

Sempre foi um jornalista combativo e convicto de suas posições. Ético, defendeu sempre as causas do município. Foi uma figura contundente, mas de respeito incomum pela sociedade. 

Com informações do jornalista Toninho Moré.

Fonte: Portal Bueno

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