Júri condena a 21 anos de prisão homem que matou irmã a facadas por ciúmes de amizade com a ex-mulher, em Tarabai
Pena base sofreu aumento pois o réu golpeou a vítima até a morte na presença do filho, de 10
O Tribunal do Júri da Comarca de Pirapozinho (SP) condenou o réu Isaías de Oliveira a cumprir 21 anos e quatro meses de reclusão por matar a irmã com golpes de faca, em Tarabai (SP). Ele teria sido motivado por ciúmes da relação da vítima com a ex-mulher.
A juíza Renata Esser de Souza publicou a sentença nesta quarta-feira (17), sete meses após o crime.
Por maioria dos votos, o réu foi condenado pelo crime de homicídio qualificado “por motivo torpe, pelo emprego de meio cruel e por razões de condição do sexo feminino no âmbito da unidade familiar”.
Ainda conforme a decisão, a pena base sofreu aumento pois o condenado golpeou a vítima até a morte na presença do filho dele, de 10 anos, que passou a ter dificuldades para dormir, a tomar medicamentos psicotrópicos e apresentar alteração comportamental.
Além disso, a confissão do homem também foi compensada no tempo da condenação.
Diante das circunstâncias, a pena intermediária foi fixada em 21 anos e quatro meses de reclusão. A condenação foi fixada e não pode haver causas de aumento e diminuição a serem aplicadas.
O condenado deve cumprir a sentença em regime inicial fechado.
O crime
No dia 11 de dezembro de 2023, Isaías foi preso por matar a própria irmã com golpes de faca, em Tarabai.
Em uma residência na zona rural do município, próximo a Rodovia Olímpio Ferreira da Silva (SP-272), os policiais encontraram uma mulher, de 53 anos, lesionada com vários cortes de faca na cabeça, nuca, no pescoço e nas costas.
A vítima chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para o Hospital Regional de Presidente Prudente (SP), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Conforme o delegado responsável pelo registro do caso, Rafael Galvão, o próprio irmão da vítima teria desferido cinco golpes de faca por ciúmes da relação de amizade entre ela e a ex-mulher. O envolvido acreditava que a vítima teria apresentado alguns homens para a ex-cunhada.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), protocolada pelo promotor Yago Lage Belchior, a ex-mulher do réu havia registrado uma ocorrência contra ele por ameaça antes do crime, visto que ele insistia em persegui-la e perturbar sua tranquilidade após a separação.
Fonte: G1
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