Jogo do Tigrinho: casal de influenciadores é preso em operação contra fraudes


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Jogo do Tigrinho: casal de influenciadores é preso em operação contra fraudes

Ianka Cristini, influenciadora digital com mais de 15 milhões de seguidores, foi presa nesta semana, durante a Operação Lance Final, que investiga fraudes envolvendo o “Jogo do Tigrinho”. A influenciadora, seu marido Bruno Martins e sua assessora foram detidos em Santa Catarina, após uma ordem de prisão expedida pela Vara Regional de Garantias de Itajaí. A defesa do trio informou que ainda não teve acesso total à investigação e se manifestará posteriormente.

Ianka, de 28 anos, se apresenta nas redes sociais como uma “multimilionária”, mãe e empresária, e compartilha sua trajetória de superação com seus seguidores. Ela relata que começou a vender doces para sustentar a família e, após ser demitida durante a pandemia, passou a produzir conteúdo para a internet, o que lhe proporcionou a possibilidade de melhorar sua qualidade de vida, incluindo a reforma de sua casa e a compra do primeiro carro.

Ao lado de Bruno, Ianka promovia sorteios e ganhava seguidores ao sugerir ganhos financeiros sem sair de casa, por meio da venda de cursos online. A influenciadora também mostrava o cotidiano da família, incluindo imagens de viagens internacionais a destinos como Orlando, Nova Iorque, Paris e Punta Cana.

O casal, que se casou após se conhecer por meio das redes sociais, compartilhou detalhes de sua vida pessoal e empresarial, conquistando um grande número de seguidores e, aparentemente, uma vida de luxo. A Operação Lance Final investiga a ligação deles com fraudes envolvendo o Jogo do Tigrinho, esquema que teria lesado muitas pessoas.

Enquanto as investigações continuam, a defesa dos envolvidos aguarda mais informações sobre o caso. A prisão do casal e de sua assessora gerou grande repercussão nas redes sociais, onde a influenciadora costumava mostrar uma vida de sucesso e ostentação.

Operação e prisão

O casal de influenciadores Ianka Cristini e Bruno Martins foi preso em 14 de janeiro, durante uma operação do Gaeco, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), suspeito de envolvimento em fraudes relacionadas ao jogo de azar Fortune Tiger, conhecido no Brasil como Jogo do Tigrinho. A prisão ocorreu no âmbito da Operação Lance Final, que investiga um esquema de simulação de ganhos falsos para atrair apostadores.

Segundo o MPSC, os investigados utilizavam uma versão demonstrativa do jogo para criar a falsa impressão de grandes vitórias, incentivando seus seguidores a se cadastrar e apostar. A fraude resultava em ganhos ilícitos tanto pela inscrição de novos jogadores quanto por uma porcentagem das apostas realizadas, que muitas vezes eram perdidas.

Além das prisões, a operação incluiu a indisponibilidade de bens do casal, como imóveis de luxo e automóveis de alto padrão, incluindo modelos McLaren, BMW e Cadillac. Também houve o bloqueio das redes sociais dos investigados, que somam mais de 16 milhões de seguidores. A ação foi realizada em diversas cidades de Santa Catarina, São Paulo e Paraíba.

O Gaeco, uma força-tarefa composta por diversas instituições de segurança pública, tem como objetivo identificar e combater organizações criminosas no estado. O MPSC orientou as possíveis vítimas a procurarem o órgão para denúncias ou esclarecimentos sobre o caso.

A operação continua em andamento, com a Justiça determinando bloqueios financeiros e investigando mais detalhes sobre o esquema. A prisão do casal gerou repercussão, considerando o grande número de seguidores e a vida de ostentação que exibiam nas redes sociais.

Como proceder caso tenha sido vítima da influenciadora

O MPSC forneceu orientações para as vítimas do esquema liderado pela influenciadora. Veja o que fazer:

Enviar uma mensagem pelo WhatsApp para o número (47) 99165-2791.

Informar seu nome completo, endereço, CPF ou RG, e anexar uma cópia do documento.

Relatar a data e o local onde ocorreu o acesso à plataforma de apostas.

Declarar claramente se deseja apresentar queixa formal contra a influenciadora.

Descrever resumidamente o ocorrido e detalhar o prejuízo sofrido.

Anexar provas, como comprovantes de pagamento, capturas de tela ou outros documentos que validem o prejuízo.

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