Grêmio Prudente finaliza preparação em campo para “jogo da temporada e dos R$ 60 mil”
Fim de treino. Agora o Grêmio Prudente só volta a campo para “o jogo”. A equipe fez na tarde desta quinta-feira (21) o último trabalho antes da viagem. Em Suzano, no sábado (23), às 15h, o time prudentino decide o seu futuro: ou sobe à Série A3 ou permanece mais um ano no quarto patamar do Campeonato Paulista – a chamada Segunda Divisão. Está em jogo dinheiro também.
A imprensa só teve acesso aos primeiros minutos do trabalho no Estádio Caetano Peretti. O lateral-direito Lucas Marques deu entrevista e disse que seria um treino tranquilo, até pela proximidade com a viagem de 600km, com início marcado para a manhã desta sexta (22).
Se o time subir de divisão, a atividade foi última em solo prudentino antes do tão sonhado acesso buscado pelo futebol de Presidente Prudente nos últimos 10 anos. Neste momento, apenas alongamentos, aquecimentos e conversas separam o elenco da partida. O técnico Epitácio também falou sobre o treinamento derradeiro na cidade.
– É trazer hoje todas as estratégias que a gente identificou que podem ser benéficas para o próximo confronto, corrigir algumas coisas que deixamos a desejar, principalmente de maneira coletiva, a parte tática, algum tipo de movimentação que dá para ajustar em busca de ter mais benefício contra eles.
Situação do confronto
O União Suzano venceu por 3 a 2 a ida da semifinal no último domingo (17), no Prudentão. Por conta do resultado e de ter melhor campanha ao longo do torneio, o Javali pode até perder por um gol de diferença no Estádio Francisco Marques Figueira, o Suzanão, para ficar com o acesso. Ao Grêmio, resta vencer por dois ou mais de diferença (2 a 0, 3 a 1, 3 a 0…).
O que significa subir à A3
Sair da quarta para a terceira divisão. Uma mudança que pode parecer pequena, mas só parece. Tem outros detalhes os quais fazem os times buscarem tanto deixar o último nível do futebol profissional do estado.
Um deles se chama calendário anual. A Segundona só é realizada por dois, três meses – antes da pandemia durava mais, de cinco a sete meses. Porém, tudo depende até qual fase um clube chega.
Quando o campeonato acaba, os jogadores vão embora, e um novo grupo só é montado no ano seguinte. Praticamente não há continuidade no trabalho. Ele é todo reformulado de uma temporada para a outra.
Para quem está na terceira divisão, a realidade é outra. Disputa a A3 no começo da temporada e tem a possibilidade de jogar a Copa Paulista no segundo semestre, uma competição que conta com times das séries A1, A2 e A3 e dá vaga na Copa do Brasil e na Série D do Brasileiro.
Tem a questão financeira também. Quanto mais no alto uma equipe está, seja no Paulista ou no Brasileiro, mais ela aparece, mais atrai o público, mais tem retorno financeiro. Uma coisa puxa a outra.
Nesta Segundona, o Grêmio acumula R$ 95 mil reais em premiações, por conta das três classificações alcançadas: às oitavas, quartas e semifinal. Se subir, ganha, pelo menos, mais R$ 60 mil. Caso conquiste o título, vão ser R$ 100 mil caindo na conta.
– Saindo dessa última divisão aumenta calendário, número de jogos, a marca do clube é mostrada, os patrocinadores são mostrados em outro nível de competição, pode contratar jogadores com contratos um pouco mais longos, reflete na categoria de base. Nossa região está carente neste sentido. Todos os clubes do Oeste Paulista estão nessa última divisão. A gente precisa, sim, sonhar com isso – disse Epitácio.
Por Claudio Ferreira, João Paulo Tilio e Simone Gomes — Presidente Prudente, SP
Fonte GE.
Deixe um comentário