Força do vento tomba caminhão-baú durante tempestade de poeira; ‘você não sabe o que faz na hora’, diz motorista
“Muito susto! Você não sabe o que faz na hora”. Essa é a declaração de Marcos de Oliveira, motorista de um caminhão-baú que tombou com a força do vento às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) durante uma tempestade de poeira que atingiu Presidente Prudente (SP), na tarde desta sexta-feira (1º). Segundo a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, houve rajadas de 103km/h.
Apesar do susto, o motorista e o chapa, que é o trabalhador que atua em atividades de carregamento e descarregamento de cargas de caminhões, não se feriram.
O caminhoneiro havia saído de Marília (SP) e faria a entrega de móveis em Presidente Prudente e posteriormente em Presidente Venceslau (SP).
Essa não foi a primeira vez que Oliveira se envolveu em um acidente de tombamento, porém, em circunstâncias diferentes. Há 10 anos, o caminhão que ele conduzia tombou na região de São José do Rio Preto (SP) após um carro frear bruscamente na rodovia, levando-o a deslocar o veículo para o acostamento.
Nesta sexta-feira (1º), o caminhoneiro informou que aguardava a pista da Rodovia Raposo Tavares secar um pouco e o vento parar para destombar o caminhão e seguir viagem.
Tempestade de poeira
A força do vento, que, segundo a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, chegou a ter rajadas de 103km/h, derrubou árvores, destelhou imóveis e arrancou placas publicitárias e sinalizatórias, vidraças e marquises em Presidente Prudente e região.
De acordo com o climatologista Vagner Camarini, a tempestade de poeira é um fenômeno comum nesta época do ano na região de Presidente Prudente.
Ele explicou que, geralmente após um longo período de estiagem e a chegada de uma frente fria, é normal a ocorrência de fenômenos como este.
“Quando o tempo está muito seco, muita poeira acaba sendo gerada e, com a chegada da frente fria, ocorre uma espécie de choque térmico. Normalmente, essas tempestades acontecem entre o final de agosto e o começo de setembro, com a despedida do inverno e a chegada da primavera. No entanto, como a seca se prolongou neste ano, isso só ocorreu agora”, disse Camarini ao g1.
O climatologista ainda ressaltou que as rajadas de vento chegaram a 80 km/h. Segundo o Camarini, mesmo sendo um fenômeno isolado, esta não é a primeira vez que isso acontece no Oeste Paulista.
“Ainda há chances de que ocorram outros episódios como este, mas normalmente é só na chegada de uma frente fria mais intensa. Porém, caso a chuva dos próximos dias seja de baixa intensidade e ocorra mais um longo período de estiagem, isso pode voltar a acontecer”, explicou.
Por Paula Sieplin, Sandro Bittencourt e Wellington Roberto, TV Fronteira e g1 Presidente Prudente
Fonte G1.
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