Em atendimento à ocorrência de violência doméstica, homem é baleado e morre após avançar em policiais com faca, no bairro rural Terras de Imoplan
No Boletim de Ocorrência registrado na madrugada deste sábado (18) na Delegacia Participativa da Polícia Civil, em Presidente Prudente (SP), foi considerado que o policial agiu em legítima defesa.
Um homem, de 35 anos, morreu após avançar sobre policiais com uma faca e ser baleado por um dos agentes na madrugada deste sábado (18), no bairro rural Terras de Imoplan, em Presidente Prudente (SP).
Conforme a Polícia Civil, os policiais foram acionados para atender um chamado de violência doméstica. Quando chegaram no local, viram que o portão da chácara estava aberto e adentraram à propriedade com a viatura, “acreditando que a solicitante estaria correndo perigo no interior da residência”.
Assim que estacionaram o veículo, o suspeito de agredir a companheira “veio correndo em direção à viatura, parando cerca de três metros do capô do veículo, ocultando a mão direita”. Ainda segundo a polícia, os agentes ordenaram que ele levantasse as mãos, no entanto, o homem se recusou.
O rapaz, então, foi em direção a um dos policiais e, neste momento, constataram que ele segurava uma faca. Mais uma vez, de acordo com a corporação, os agentes deram ordem para ele soltar a arma branca, porém, a solicitação não foi acatada pelo homem.
Diante dos fatos, “não restando alternativa para cessar a iminente agressão, o policial sacou sua pistola e desferiu dois disparos na direção do agressor”. O suspeito desviou e continuou correndo, mas caiu próximo ao portão.
Quando se aproximaram do homem, os policiais verificaram que ele ainda respirava, por isso, tiraram a faca da mão dele e acionaram o resgate. No entanto, assim que chegou, o médico constatou que ele havia morrido.
À polícia, um vizinho informou que ouviu gritos vindos da casa ao lado e escutou o homem dizer “vou matar a polícia”, confirmando a versão dos fatos apresentados pelos agentes.
A faca foi apreendida.
‘Legítima defesa’
Autoridades policiais se deslocaram até o local para averiguação do ocorrido. A Polícia Científica também foi acionada para realizar a perícia.
A arma de fogo do policial foi apreendida, bem como os cartuchos remanescentes do carregador, e também passará por perícia.
Requisitou-se, ainda, exames residuográfico e necroscópico no homem baleado.
No Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, foi considerado que o policial agiu em legítima defesa, com base nos artigos 23 e 25 do Código Penal.
“Com efeito, os elementos de prova até então amealhados, indicam que o policial militar durante o atendimento de ocorrência, usando dos meios necessários, repeliu injusta agressão iminente contra indivíduo que investiu contra si portando uma faca, instrumento de elevadíssima potencialidade lesiva, preservando seu direito à integridade física e à vida”, constou o documento.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos.
Fonte: G1
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