Duas cidades da região confirmam novos casos de monkeypox
Duas cidades da região confirmaram casos de monkeypox (varíola dos macacos) nesta quinta-feira. Presidente Prudente comunicou o segundo diagnóstico da doença, enquanto Presidente Bernardes informou o primeiro.
De acordo com a Prefeitura de Prudente, o paciente é um homem de 44 anos, que realizou o teste na semana passada pela rede municipal e o resultado positivo foi divulgado hoje. Ele se encontra em isolamento e, segundo a administração, “está bem e fora de risco”.
No final de agosto, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já havia relatado o primeiro caso: um homem de 31 anos, que viajou à capital paulista. O primeiro atendimento ao paciente ocorreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Ana Jacinta em 19 de agosto, quando foram coletadas as amostras depois de constatado pela equipe que se tratava de um caso suspeito da doença. O paciente não teve complicações e foi colocado em isolamento juntamente com a mãe e o pai.
A Prefeitura de Bernardes, por sua vez, informou nesta quinta, em rede social, que o primeiro paciente da cidade é um homem que contraiu a doença fora do município. A idade e o estado de saúde não foram divulgados.
Transmissão e sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da varíola dos macacos ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa, chamado de pele a pele.
O contágio por contato próximo pode ocorrer, principalmente, por relação sexual, beijo, abraço e contato com a pele lesionada, ou com fluidos corporais, como pus, sangue e saliva da pessoa doente.
O contato com objetos contaminados, tais como toalhas, roupas de cama, talheres, pratos e outros utensílios que foram manuseados pela pessoa infectada, também oferece risco de transmissão. Dessa maneira, trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos ficam mais expostos ao risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam, como a erupção cutânea (feridas na pele), febre, dores no corpo e na cabeça, ínguas, calafrios e fraqueza. O período de transmissão ocorre até que as lesões cicatrizem completamente e uma nova camada de pele se forme.
A doença, na maioria dos casos, evolui de forma benigna e os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas. Todas as pessoas com sintomas compatíveis de varíola dos macacos devem procurar atendimento médico imediatamente e adotar as medidas de isolamento recomendadas. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são direcionadas para oito laboratórios de referência no Brasil.
Álcool em gel
Ainda segundo o Ministério da Saúde, uma das principais formas de transmissão da varíola dos macacos ocorre por meio do contato direto com pessoas infectadas (pele e secreções) e objetos contaminados. Nesse sentido, higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel antes de comer ou tocar no rosto é uma medida importante de prevenção da doença.
Grupo vulnerável
Também conforme o Ministério da Saúde, pessoas com baixa imunidade, consideradas imunossuprimidas, apresentam enfraquecimento do sistema imunológico, seja por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de procedimentos médicos. Por isso, são mais vulneráveis à varíola dos macacos. Estão nesse grupo:
Pessoas com HIV/aids (vírus da imunodeficiência humana e síndrome da imunodeficiência adquirida);
Portadores de imunodeficiência primária grave e doenças autoimunes;
Pessoas em tratamento de quimioterapia para câncer;
Transplantados;
Pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise);
Pessoas que fazem uso contínuo de imunossupressores.
O sistema imunológico é responsável pela proteção do corpo, criando mecanismos de defesa para agentes estranhos, como vírus e bactérias. No caso de indivíduos imunossuprimidos, a proteção fica deficiente. A transmissão do vírus da varíola dos macacos coloca em risco esses grupos considerados mais vulneráveis.
Pessoas com baixa imunidade devem manter o uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente infectados com o vírus, e também devem evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas suspeitos, como febre e lesões de pele/mucosa. Em caso de algum sinal ou sintoma suspeito da doença, um médico deve ser procurado.
Fonte O Imparcial
Deixe um comentário