Bolo envenenado: linha do tempo mostra quem é quem na tragédia familiar rodeada de intrigas no RS


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Bolo envenenado: linha do tempo mostra quem é quem na tragédia familiar rodeada de intrigas no RS

Investigações avaliam cometimentos de crimes desde 2020; suspeita está presa temporariamente desde 5 de janeiro

A história do bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul, chocou o país ao revelar uma trama familiar, onde Deise Moura dos Anjos é a principal suspeita de uma série de envenenamentos por arsênio.

A aparente tranquilidade de uma confraternização familiar foi interrompida por um crime que chocou o país. O que era para ser um encontro festivo na véspera de Natal de 2024, transformou-se em uma tragédia com a ingestão de um bolo envenenado, resultando na morte de três pessoas e deixando outras duas hospitalizadas.

Para entender a complexidade deste caso, que envolve mortes suspeitas, relacionamentos familiares conturbados e a possibilidade de outros envenenamentos, a CNN mostra uma linha do tempo detalhada dos eventos e seus principais personagens. Acompanhe a seguir os detalhes dessa história que chocou o Brasil.

Maida, Neuza e Tatiana (da esquerda para a direita) morreram após comer o doce

Linha do Tempo

Em 2020, José Lori da Silveira Moura, pai de Deise, morreu aos 67 anos em Canoas, supostamente por cirrose. A polícia suspeita que Deise o tenha envenenado gradualmente com pequenas doses de arsênio ao longo do tempo e planeja exumar o corpo para confirmar a hipótese.

De acordo com a polícia, as investigações mostraram que a suspeita fez a compra de arsênio ao menos duas vezes, entre esse e o próximo evento, por ora, registrado alguns anos depois.

Em setembro de 2024, Paulo Luiz dos Anjos morre por uma suposta intoxicação alimentar. Um dia antes, filho e nora haviam visitado Paulo em sua residência. Após a exumação do corpo, o Instituto Geral de Perícia (IGP) identificou que um leite em pó, envenenado com arsênio, foi o que causou a morte do sogro de Deise.

Ainda sobre a aquisição do arsênio, os investigadores identificaram duas aquisições entre setembro e dezembro de 2024.

Neste período, após a morte do sogro, Deise tenta manipular a família dizendo que a causa da intoxicação poderia ser uma banana que Diego dos Anjos, filho de Paulo e Zeli, havia levado. Com isso, de acordo com a polícia, a suspeita tenta evitar a perícia do corpo.

Em 23 de dezembro de 2024, Zeli dos Anjos prepara um bolo para uma confraternização familiar. As investigações indicam que a farinha utilizada no preparo, que estava contaminada com arsênio, poderia ter sido ingerida em outro evento, com as amigas de Zeli, dias antes do café da tarde em família. O evento só não aocnteceu porque algumas pessoas desmarcaram, e as ausências cancelaram o encontro.

Seis pessoas da família consomem o bolo envenenado, sendo elas: Zeli, suas irmãs Neuza e Maida, sua sobrinha Tatiana, seu sobrinho-neto Matheus. Apenas Jefferson, marido de Neuza, não foi hospitalizado.

Na madrugada de 24 de dezembro, Neuza e Maida faleceram após ingerirem um bolo com arsênio, enquanto Tatiana, Matheus e Zeli foram hospitalizados em estado grave.

Em 25 de dezembro, Tatiana não resistiu e morreu. Matheus e Zeli permaneceram hospitalizados. No mesmo dia, a perícia esteve no imóvel, onde o bolo foi consumido, em uma casa em Arroio do Sal (RS), onde o alimento foi feito.

Em 3 de janeiro, Matheus, sobrinho-neto de Zeli, recebe alta do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres (RS).

Fonte: Cnn Brasil

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