Bebê de nove meses passa mal e é socorrida após ingerir folhas de planta tóxica, em Osvaldo Cruz

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Bebê de nove meses passa mal e é socorrida após ingerir folhas de planta tóxica, em Osvaldo Cruz

Polícia Militar prestou os primeiros socorros e encaminhou a menina para o hospital. Ela já recebeu alta. Especialista dá orientações para evitar acidentes com os cultivos.

Uma bebê de apenas nove meses passou mal e precisou ser socorrida após ter ingerido folhas de uma planta tóxica, na tarde desta quarta-feira (4), em Osvaldo Cruz (SP). A criança recebeu cuidados a tempo e passa bem.

A Polícia Militar informou que foi acionada para ir até uma casa no Bairro Valter Siviero e que as primeiras informações eram de que uma criança de nove meses teria ingerido folhas de uma planta e estava desfalecida.

No local, os policiais constataram que a menina apresentava palidez e dificuldade para respirar, não sendo possível constatar se havia algo obstruindo as vias respiratórias.

Os policiais se deslocaram para o Pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de Osvaldo Cruz. Conforme a PM, durante o trajeto, foi necessário realizar a Manobra de Heimlich, já que a criança desmaiou duas vezes.

No hospital, os policiais ainda entregaram várias folhas da planta ingerida pela criança. A equipe do hospital entrou em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ceatox), que fica em São Paulo (SP), e foi esclarecido que se tratava de uma Kalanchoe, gênero da família das suculentas Crassulaceae, que não é venenosa, porém, é tóxica.

Essas informações auxiliaram no diagnóstico e no tratamento da bebê. A menina permaneceu em observação, junto com sua mãe, que também passou mal diante da situação.

A Santa Casa de Osvaldo Cruz informou que as duas foram medicadas e liberadas na noite desta quarta-feira (4).

Prevenção a acidentes

De uma forma geral, as plantas apresentam um grau de toxicidade. As substâncias são responsáveis pelo fornecimento de proteção contra a herbivoria (animais que se alimentam de plantas), contudo, o processo de evolução tornou os seres humanos e outros animais resistentes à maioria das substâncias produzidas pelas plantas, conforme explicou ao G1 o biólogo e doutor em fisiologia e bioquímica de plantas William Hiroshi Suekane Takata, que também é professor universitário.

Importante grupo de plantas ornamentais, o gênero Kalanchoe está presente em casas, jardins e parques públicos.

“Entretanto, estas plantas produzem um composto denominado Bufadienolídeo, cujo principal efeito é o cardiotóxico, provocando alterações no coração podendo causar morte súbita”, esclareceu Takata.

Como a espécie é bem comum nas residências, há um risco para crianças e animais.

“Para prevenir possíveis acidentes, é importante que as mesmas sejam posicionadas fora do alcance de crianças e animais domésticos”, disse o doutor ao G1.

Takata ainda acrescentou outras orientações:

ensine as crianças a não tocar e levar as mãos aos olhos e à boca;

não prepare remédios (chás) caseiros sem orientação médica;

não consuma parte alguma de plantas desconhecidas, mesmo que passem por algum processo de cocção;

ao manusear as plantas, caso elas produzam látex, tome cuidado para que não entre em contato com a pele, a mucosa e os olhos; e,

em caso de acidente, procure ajuda imediatamente levando consigo o exemplar responsável pela intoxicação para que possam ser realizada a identificação e dar início ao tratamento.

Serviço

Em Presidente Prudente (SP), o Ceatox está localizado no Hospital Estadual, na Avenida Coronel José Soares Marcondes, nº 3.758, no Jardim Bongiovani. O telefone é o (18) 3908-4422. Há ainda o telefone 0800-148-110, do Ceatox, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, que recebe ligações de todo o Brasil, todos os dias da semana, sem interrupção (24 horas).

Por Heloise Hamada e Stephanie Fonseca, G1 Presidente Prudente

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