17º dia de greve: Ônibus voltam a circular parcialmente em Presidente Prudente
Nesta sexta-feira (2), segundo o sindicato da categoria, o transporte de passageiros será feito com 50% da frota em horário de pico e 35% nos demais períodos.
A greve do transporte coletivo urbano de Presidente Prudente completou 17 dias nesta sexta-feira (2). Depois de quatro dias de paralisação total, a frota voltou a circular com 50% dos ônibus em horários de pico e 35% nos demais períodos.
A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (1º). Os funcionários da Prudente urbano discutiram como ficaria o movimento grevista, já que a Justiça voltou a notificar o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Terrestre de Presidente Prudente e Região (Sintrattepp) para que sejam mantidos o mínimo de trabalhadores na ativa, pois o transporte coletivo é um serviço essencial.
Também houve uma reunião com representantes da Prudente Urbano, que alegaram que sem a volta dos ônibus nas linhas não haveria como conseguir dinheiro para quitar os valores atrasados.
A greve foi motivada pelo atraso nos pagamentos dos salários, do vale pago todo dia 20, do vale-alimentação, entre outros benefícios.
A categoria informou que os pagamentos continuam em atraso. Com receio de ter que arcar com alguma multa pela Justiça ou até haver prisões por desrespeitar a determinação judicial, o sindicato retomou o serviço parcialmente.
Agora, 29 veículos farão o transporte de passageiros nos horário de pico e 20 nos demais períodos.
O G1 solicitou um posicionamento para a Prudente Urbano. Contudo, não houve resposta.
Manifestação e reunião
Nesta quinta-feira (1º), no início da manhã, os trabalhadores fizeram um protesto em frente ao Paço Municipal, para cobrar do poder público e da empresa Prudente Urbano a resolução da situação.
O prefeito de Presidente Prudente, Ed Thomas (PSB), se reuniu com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Terrestre de Presidente Prudente e Região (Sintrattepp) para discutir a situação do transporte coletivo urbano do município.
No encontro, o município informou que pode tomar duas medidas, uma delas a contratação de uma empresa para fazer auditoria nas contas da Prudente Urbano.
No final da tarde, a Prefeitura informou ao G1 que estava previsto para esta sexta-feira (2) a publicação de uma portaria para criação do processo administrativo que deve investigar a prestação de serviço de transporte coletivo no município. A investigação foi autorizada por um decreto publicado pelo Poder Executivo na semana passada.
Na nota enviada ao G1, a Prefeitura também esclareceu que a contratação de uma empresa para realizar auditoria nas contas da concessionária será feita após o início dos trabalhos de uma comissão que será nomeada através de decreto, que também deve ser publicado nesta sexta-feira.
“A Prefeitura de Presidente Prudente informa que a contratação da empresa de auditoria ocorrerá após o início dos trabalhos da comissão responsável por acompanhar este processo de apuração dentro da concessionária, cujo decreto de nomeação está previsto para ser publicado nesta sexta-feira (2). Também deve ser publicado nesta sexta o processo administrativo interno criado para investigar a prestação de serviço de transporte coletivo no município”, informou o Poder Executivo.
17 dias de greve
A greve teve início no dia 16 de junho e em dois dias houve atrasado para a saída dos veículos da garagem da empresa. É a quarta paralisação dos funcionários somente neste ano, sendo esta a mais longa desde que a Prudente Urbano assumiu o serviço na cidade.
No dia 22 de junho, a Prefeitura de Presidente Prudente ingressou na Justiça com uma Ação Civil Pública para obrigar a Prudente Urbano a cumprir o contrato do transporte coletivo no município.
Contudo, o juiz da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Presidente Prudente, Darci Lopes Beraldo, negou a concessão de uma liminar. Diante da negativa, o município protocolou na Justiça local um pedido de reconsideração da decisão liminar proferida.
No dia 25 de junho, a Prefeitura publicou um decreto que autorizou o retorno do transporte de passageiros por meio de veículos alternativos, como vans, micro-ônibus, entre outros e também a abriu um processo administrativo para imposição de penalidades à Prudente Urbano.
Com a autorização, foi imposto que o preço da passagem cobrada pelas vans é o mesmo da tarifa de ônibus da Prudente Urbano, ou seja, R$ 4,25. Inicialmente, foram anunciadas 12 linhas atendidas pelo transporte alternativo.
No dia 28 de junho, o Poder Executivo definiu um prazo de 24 horas para que a Prudente Urbano apresentasse uma planilha sobre sua situação financeira. A medida foi tomada após uma reunião emergencial entre o Poder Executivo e a concessionária de transporte coletivo.
Porém, a empresa não forneceu a planilha sobre a situação financeira e nenhum outro tipo de informação. Na data, o município salientou que estudava novas medidas administrativas.
Fonte: G1
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