Polícia combate caça e abate de animais silvestres na região
Ocorrências de caça e o abate de animais silvestres são mais comuns do que se imagina. Somente neste ano, até o mês de abril, a 3ª Companhia de Policiamento Ambiental, que compreende a região de Presidente Prudente, apreendeu 143,298 kg de carne de animal silvestre – número superior ao que foi registrado nos meses de janeiro a dezembro dos últimos dois anos, que juntos totalizam 54 kg (18 kg em 2019; 36 kg em 2020).
O aumento expressivo se deve a uma apreensão específica, no começo de abril, às margens do Rio Paraná, em Paulicéia. O fato virou notícia em O Imparcial, quando, na ocasião, dois homens foram autuados em R$ 68,5 mil cada depois de serem flagrados com 137 kg de carne de capivara. Armas e facas também foram apreendidas, assim como é costumeiro em demais ocorrências que envolvem a caça.
“Estamos a cada dia mais utilizando de ferramentas de inteligência, e uma atividade dirigida para coibir a prática, o armazenamento e a retirada de animais silvestres da natureza”, afirma o capitão PM Júlio César Cacciari de Moura, à frente da 3ª Companhia. De acordo com o comandante, a caça é bastante diversa e tem como alvos principais a capivara, jacaré, paca e cutia. “Temos a caça ilegal do javali, apesar de ser exótico, que não é da fauna silvestre local, é um animal que para a caça tem uma série de regulamentações. Então, por vezes, quem não está regularizado também responde pelo crime”, explica.
Devido à extensa área florestal da região, a prática delituosa é bastante comum, o que exige uma atenção especial dos militares, em cenários como o Parque Estadual do Rio do Peixe, Aguapeí, Morro do Diabo e Estação Ecológica Mico Leão Preto. Já em relação às margens de rios, o efetivo reforça o patrulhamento nas imediações do Santo Anastácio, Rio do Peixe, e nas áreas de várzeas, como a do Rio Paraná e Rio Paranapanema.
Penalidade e denúncia
Conforme a Lei 9.605, que trata sobre os crimes ambientais, quem for pego na prática da caça responderá a uma infração administrativa, que de acordo com o comandante Cacciari, dependerá da quantidade de animal silvestre abatido e a quantidade de carne apreendida – no caso de a polícia não conseguir identificar o quanto de animal foi abatido durante aquela caçada. “O cidadão vai ser responsabilizado penalmente e administrativamente pela prática do delito”, salienta o capitão, que reforça sobre a importância da denúncia.
“A Polícia Ambiental é bastante parceira da população e busca sempre essa parceria e essa proximidade para que possamos ter sempre denúncias e otimizar a ação policial para coibir a prática de crimes. Seja através do telefone 190 ou 3906-9200, ou diretamente até uma de nossas unidades na região de Presidente Prudente”, afirma. (Veja a tabela)
SAIBA MAIS
Toda carne, para ela ser consumida, a necessidade é de que tenha uma origem legal, que passa por diversos aspectos, sendo que um deles é o sanitário. E a carne de caça de animal silvestre não é permitida para o consumo, uma vez que poderá trazer prejuízos para o ser humano. Diante disso, as carnes apreendidas pelo policiamento ambiental são obrigatoriamente destruídas.
TELEFONES DAS UNIDADES
Teodoro Sampaio – 3282-9520
Presidente Epitácio – 3281-2033
Dracena – 3821-8390
Panorama – 3871-1209
Presidente Prudente – 3906-9200
Rosana – 3284-1614
Fonte O Imparcial
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