Paratleta lança vaquinha para comprar equipamentos de treino
Para que Lucas Henrique consiga competir no paratriathlon, ele precisa de itens necessários, que são: uma handbike que custa R$ 100 mil e a cadeira de atletismo, R$ 20 mil
Quando se ouve dizer que o esporte transforma, faz a diferença na vida de pessoas, muitos acham que isso é clichê. Mas definitivamente, não é. O paratleta prudentino, da Apop/Semepp/Centro de Referência Paralímpico, Lucas Henrique Santana Rodrigues, 25 anos, é um exemplo dessa realidade. Ele nasceu com uma má-formação chamada mielomeningocele, que afetou seus membros inferiores e coluna. Atleta da natação, o jovem está migrando para o paratriathlon, mas, para que consiga competir, ele precisa dos equipamentos necessários, que são a handbike e a cadeira de atletismo. E para isso, ele criou uma vaquinha on-line https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-um-atleta-com-deficiencia e necessita da sua ajuda! A handbike custa R$ 100 mil e a cadeira de atletismo R$ 20 mil, o que dá um total de 120 mil. No site da Vakinha, está um pouco mais por conta da taxa.
Lucas é um jovem feliz, determinado e muito dedicado. Sua história no esporte começou em 2016 quando ele pediu a sua mãe para fazer natação. Os dois foram até a Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente), contudo, na época não tinha ninguém que cuidava da natação para PCD (Pessoa com Deficiência).
“Quem iniciou esse trabalho foi a minha técnica, Micheline Cardoso Pereira, que era treinadora da modalidade convencional, mas amava a natação para pessoas com deficiência”, conta o atleta.
Ele então começou a nadar e, em pouco tempo, já dominava os três estilos. “Fui para minha primeira competição e conquistei três medalhas de ouro! Tomei gosto em competir e com muito treino consegui conquistar títulos nacionais, fui campeão e recordista brasileiro”, frisa.
Atleta exibe suas medalhas conquistadas ao longo desse tempo
Nova oportunidade
No final do ano passado, Lucas conheceu a campeã mundial, Jéssica Messali, que ouviu falar do seu desempenho na natação, e o convidou para um teste no paratriathlon. “Me saí bem nos três e ela ficou muito animada para me ver competir na classe de cadeirantes do paratriathlon, que é uma classe do qual não tem ninguém nela na seleção brasileira masculina”, exalta.
Porém, teve uma barreira no caminho: o valor dos equipamentos que são muito caros. “Por enquanto estou treinando com uma handbike emprestada de um amigo, mas ela é pesada e não é feita para competição, além de precisar da cadeira de atletismo que eu ainda não tenho também”, expõe o paratleta prudentino.
Lucas menciona que o que o motivou a iniciar no paratriathlon é que o esporte é super desafiador. “Quero mostrar que posso realizar desafios que muitos não acreditam que eu consiga, que a minha deficiência não é uma barreira, mas sim uma motivação!”, exclama o atleta que tem seis treinos de piscina (4km de 2 a 3 horas), handbike (15 a 20km 1 hora), e de academia na semana (1 hora).
A partir dele nasceu um projeto
A técnica Micheline Cardoso destaca que Lucas é muito talentoso, muito disciplinado e agora estão juntos nessa empreitada de migrar para o paratriathlon. “O Lucas foi meu primeiro aluno da modalidade, depois se tornou atleta. Através dele que tive a iniciativa de inscrever esse projeto pela Prefeitura. Tenho muita confiança de que assim como foi na natação, no paratriathlon será uma trajetória de muito trabalho, com certeza, mas de muito sucesso, sobretudo”, frisa a técnica do paratleta.
Fonte: O Imparcial
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