Motociclistas entregadores de comida por aplicativos fazem protesto na hora do almoço em Presidente Prudente

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Motociclistas entregadores de comida por aplicativos fazem protesto na hora do almoço em Presidente Prudente

Trabalhadores paralisaram serviços e concentraram-se no Parque do Povo como forma de demonstrar o descontentamento da categoria com a remuneração que recebem das empresas.

Um grupo de motociclistas que prestam serviços para aplicativos de entrega de comida realizou uma manifestação, na tarde deste sábado (11), em Presidente Prudente (SP).

Os participantes do protesto paralisaram os serviços e se concentraram no Parque do Povo como forma de demonstrar o descontentamento da categoria com a remuneração paga pelas empresas de aplicativos pela entrega das refeições aos consumidores e para reivindicar o aumento dos valores que recebem pelo trabalho.

Os trabalhadores decidiram fazer o ato no horário do almoço por se tratar do período de pico da movimentação de encomendas feitas pelos consumidores através dos aplicativos.

“A gente quis parar na intenção de mostrar para os aplicativos o que a gente está sentindo na rua. Os gastos, as despesas. A taxa de entrega não tem acompanhado o valor do aumento do combustível, do pneu, do kit, do óleo. Então, pra gente está muito difícil. Hoje praticamente nosso salário tem sobrado muito pouco, não está dando pra gente sobreviver nem com os aplicativos. Está muito difícil. Então, a gente hoje quis parar nesse horário e no sábado porque é o maior horário de pico. Então, é onde os aplicativos vão sentir também mais”, disse à TV Fronteira o motoentregador Renan Vieira Matos, um dos participantes do protesto.

Ele complementou que a manifestação teve o objetivo de mostrar para os aplicativos que “não está fácil” a continuidade do trabalho dos motociclistas entregadores.

Além disso, Matos salientou que a categoria ainda precisa enfrentar os riscos de acidentes de trânsito que aumentaram em decorrência da presença de mais motociclistas nas ruas prestando os serviços de entrega.

Motociclistas protestaram neste sábado (11), no Parque do Povo, em Presidente Prudente — Foto: Aline Costa/G1

Segundo Matos, a remuneração paga pelos aplicativos aos entregadores não acompanha os aumentos nos preços dos insumos que a categoria utiliza para trabalhar, como o combustível e as peças para a manutenção dos veículos. Ele citou como exemplo o preço de um pneu, que subiu de R$ 110 para R$ 160.

“Se acompanhasse pelo menos o aumento da gasolina, os entregadores estariam felizes. Mas não acompanhou nem duas corridas de aumento da gasolina”, afirmou o motoentregador.

“Se é para não ganhar nada, nós vamos ficar parados e mostrar para os aplicativos como é ficar parado”, concluiu Matos.

Outro lado

O G1 solicitou neste sábado (11) posicionamentos oficiais dos aplicativos iFood, Rappi e Uber Eats e também da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) sobre o assunto, mas até o momento desta publicação não obteve resposta.

Por G1 Presidente Prudente e TV Fronteira

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