Moradora de Santo Anastácio ficou internada ao lado da filha, que teve agravamento causado pela Covid


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Moradora de Santo Anastácio ficou internada ao lado da filha, que teve agravamento causado pela Covid

A rotina ativa da boleira e funcionária pública, Regina Célia Silveira Puci, 54 anos, mudou completamente quando contraiu a Covid-19. Durante os sete dias em que esteve internada no Hospital Iamada, em Presidente Prudente, a moradora de Santo Anastácio confessa que perdeu todas as noites de sono, pois temia pela vida da filha Tatiane, Puci Stringuetta, 35 anos, que teve complicações causadas pela doença.

Ambas estiveram internadas no mesmo quarto, ambiente em que dividiram as aflições de estarem longe de casa. “Por pouco não fomos parar na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Minha filha usou o respirador no máximo, ou então teriam que intubá-la. Mas, no tratamento mantiveram o padrão, e ela ficava de bruços sobre a cama”, lembra Regina. Para ela, ver a mais velha nesta situação causou bastante sofrimento. “Os enfermeiros, que considero anjos de jaleco, faziam de tudo para que pudéssemos ficar mais confortáveis”, explica.

Segundo a boleira, nos corredores do hospital – que deveriam ser de um clima tenso e pesado devido à pandemia, a situação era outra. “Todos trabalham com a maior alegria do mundo, chegam no quarto animando a gente, tudo para nos dar força”, afirma. Tamanha a compaixão diante do sofrimento, que os funcionários ajudaram Regina a manter contato com a filha Graziele Puci Stringuetta, 31 anos, que também ficou doente, mas que fazia o tratamento em casa.

Por meio de vídeo-chamadas, aos poucos, a relação familiar foi sendo restabelecida. “Estava mais preocupada com as meninas que esqueci até de mim. Tanto é que segurei a emoção por muitas vezes para mostrar que estava bem, mas quando retornei para a casa eu não aguentei e desabei”, conta.

O “divisor de águas”

O período de internação de mãe e filha foi entre os dias 4 e 10 de setembro. A notícia da alta hospitalar foi um presente de aniversário para Regina, que comemorou a data no dia 19 de setembro. Ainda em recuperação, a boleira conta que as felicitações recebidas a encheram de emoção. “Chorei muito porque eu achava que iria morrer, que minha filha não sobreviveria às crises de falta de ar”, lamenta. “Mas graças às orações nós estamos recuperadas”.

Além das sequelas físicas, como falta de ar e cansaço, a anastaciana desenvolveu trauma psicológico, o que a fez ter que tomar remédios para voltar a dormir. Porém, ela diz que está animada e que logo voltará à rotina de antes, mas, com uma nova maneira de olhar para a vida: “a doença foi um divisor de águas, coisas que achava importante, hoje, são insignificantes. O importante mesmo é a família, a paz entre as pessoas, empatia, querer bem”, expõe. “Deus é muito poderoso e misericordioso, sem Ele nada seria possível e a gente não conseguiria superar essa doença”.

Registro feito com a enfermeira, “anjo de jaleco” Foto: Cedida
Graziele (esq.), Regina e Tatiane. Foto: Cedida

Fonte O Imparcial

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