HR e Santa Casa de Prudente realizam 54 captações de órgãos em 2020


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HR e Santa Casa de Prudente realizam 54 captações de órgãos em 2020

Hospitais apresentaram balanço das doações registradas no ano passado e comentaram sobre as adequações internas devido à pandemia

O HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente registrou um aumento no número de captações de órgãos em 2020 se comparados os dados com o ano de 2019, já que as doações passaram de 10 para 28 no ano passado (180%). No mesmo período, a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente registrou uma queda de 42%, já que em 2019 foram 45 captações, que caíram para 26 em 2020. Ao todo, no ano passado, as doações chegaram a 54 casos nas duas unidades. Os transplantes na Santa Casa também tiveram uma queda, passando de 47 para 20 registros (-57%). 
Segundo a Santa Casa, a queda em 2020 se deu por conta da pandemia da Covid-19, já que, por uma orientação da Secretaria Estadual de Saúde, os transplantes e captações de córneas no Banco de Olhos da Santa Casa de Presidente Prudente ficaram suspensos de março a setembro, interferindo nos resultados finais, resultando nas quedas. Na unidade, as captações de córneas, entre os dois anos em questão, caíram de 40 para 18, enquanto que as de múltiplos órgãos passaram de cinco para oito. Já segundo o HR, no ano passado, entre as 28 doações, estavam: sete corações, oito pulmões, 16 fígados, 34 rins, 28 córneas e um pâncreas. 

Importância da conscientização

No caso do Hospital Regional, o coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes para Tecidos, Renato Ferrari, lembra que a conscientização de toda a sociedade na importância da doação e também que a confiança na seriedade do trabalho realizado pelo HR de Presidente Prudente tem sido muito importante e pode ter contribuído para o aumento. Sobre o processo pós-captação, ele afirma que os órgãos são colocados na fila da Central de Transplantes do SUS (Sistema Único de Saúde), que faz o encaminhamento para os pacientes que são compatíveis com o órgão. “Eles podem estar em qualquer lugar do país, mas, pela logística e capacidade técnica de realizar o transplante, a maioria das doações é destinada para cidades do Estado de São Paulo mesmo”.
Os dois hospitais lembraram que seguem desde o início da pandemia todos os protocolos de higienização, distanciamento e cuidados preventivos para a não contaminação por Covid-19, protocolos esses que foram estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde do governo de São Paulo e também com protocolos internos revisados por infectologistas. Desta forma, toda a equipe envolvida no transplante segue um rigoroso protocolo de segurança, como, por exemplo, aferição de temperatura, treinamentos e checagem de sintomas da doença. “Além disso, o doador também é submetido ao exame de Covid-19 antes de poder fazer a doação, garantindo que a equipe e o receptor do órgão não sejam expostos ao vírus”, lembra o HR.

SAIBA MAIS
Todas as pessoas podem ser doadoras de órgãos. Para isso, basta ter boas condições clínicas de saúde. No Brasil, a legislação não obriga que se realize uma declaração documental ou insira em documentos de identidade a informação de que se deseja ser doador de órgãos. Apenas converse com seus familiares e informe sobre o desejo de ser doador. Fonte: O Imparcial

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