Governo mantém fase vermelha da quarentena, mas libera funcionamento de comércio, atividade religiosa e nomeia de ‘transição’
Shoppings e lojas de rua poderão operar a partir deste sábado (17), das 11h às 19h.
O governo de São Paulo manteve todo o estado na fase vermelha da quarentena, mas autorizou a abertura de comércios e atividade religiosa em horários reduzidos de funcionamento a partir deste sábado (17).
A liberação foi definida pela gestão estadual como uma “fase transitória”, e prevê a liberação gradual de setores da economia.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva do governo estadual nesta sexta-feira (16).
Com a mudança, shoppings e lojas de rua, que só eram autorizadas a abrir a partir da fase laranja, vão poder operar já neste final de semana.
A gestão de João Doria (PSDB) decidiu alterar as regras da fase vermelha após o estado registrar apenas leves quedas nas taxas de internação no estado.
O funcionamento de restaurantes, bares, academias e salões de beleza permanece vetado.
Mais de 85 mil mortes
A alteração nos critérios de reclassificação ocorre sete dias após o estado deixar a fase emergencial, a mais restritiva, que vigorou de 15 de março até 11 de abril, e em meio à altos índices de casos e mortes pelo coronavírus.
Na semana passada, a gestão de João Doria (PSDB) encerrou a fase emergencial da quarentena e colocou todo o estado na fase vermelha, liberando a volta de alguns serviços, além do retorno das aulas presenciais nas redes públicas e privadas.
Na ocasião, também foi autorizada a retomada de competições esportivas, como os jogos do Campeonato Paulista.
A gestão estadual manteve o toque de recolher das 20h às 5h. O cumprimento da restrição de circulação continua a ser fiscalizado por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.
Embora algumas regiões tenham registrado leve queda nos índices de internações nos últimos dias, o mês de abril, com 15 dias, abril já se tornou o segundo com mais mortes por Covid-19 no estado de São Paulo desde o começo da pandemia.
Foram registradas 11.883 mortes causadas pela doença do dia 1º de abril até esta quinta-feira (15). Quinze dias antes de acabar, abril já fica atrás apenas do mês de março, que teve 15.159 óbitos registrados.
O que permanece
Proibição de cultos religiosos presenciais;
Proibição de funcionamento para bares, restaurantes, salões de beleza e academais
Recomendação de teletrabalho;
Recomendação do escalonamento de horários alternados para os setores de serviços, do comércio e da indústria;
Toque de recolher das 20h às 5h;
Escolas seguem autorizadas a receber alunos presencialmente desde que autorizadas pelas prefeituras;
Liberação de competições esportivas profissionais;
Liberação dos serviços de retirada dos restaurantes e funcionamento de lojas de material de construção, embora já estivessem permitidos por meio de liminar judicial, agora passam a ser autorizados pela gestão estadual.
Indicadores apontam fase vermelha
O Plano São Paulo utiliza indicadores de saúde, como internações e casos de Covid-19, para classificar as regiões em fases diferentes. Um dos critérios do plano, a variação no número de óbitos registrado em cada Diretoria Regional de Saúde (DRS) nos últimos dias, coloca pelo menos quatro regiões na fase vermelha.
De acordo com dados desta quinta (15), as regiões de São João da Boa Vista, Sorocaba, Franca e Piracicaba têm indicadores de mortes compatível com a fase vermelha – ou seja, tiveram aumento acentuado nos óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias.
A sub-região Sudeste da Grande São Paulo também teve variação positiva no número de óbitos, e registrou um número compatível com a fase vermelha, embora a classificação da região metropolitana da capital leve em conta os dados de todas as sub-regiões juntas.
O que pode funcionar na fase vermelha
Funcionamento de lojas de conveniência (venda de bebida alcoólica até as 20h);
Escolas e cursos de saúde de universidades;
Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários);
Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres;
Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes;
Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção;
Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos;
Serviços de segurança pública e privada;
Construção civil e indústria;
Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
Lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.
Fonte: G1
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