Brasil bate recorde e registra 4.195 mortes por Covid-19 em 24 horas


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Brasil bate recorde e registra 4.195 mortes por Covid-19 em 24 horas

O Brasil bateu nesta terça-feira (6) novo recorde e registrou mais 4.195 mortes por Covid-19, de acordo com levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde). Isso equivale a uma morte a cada 20 segundos. 

Segundo dados da plataforma Our World in Data, associada à Universidade de Oxford, apenas dois outros países já tiveram mais de 4.000 vítimas da doença em um só dia: os Estados Unidos, em janeiro deste ano, e o Peru, em agosto de 2020, após a revisão de números represados.

Desde o início de março, o Brasil é o país em que mais se morre por Covid-19. Os Estados Unidos, que estão em segundo lugar nessa lista, tiveram 515 óbitos nesta segunda, o último dado disponível — menos que a metade dos 1.319 registrados por aqui no mesmo dia. 

Ao todo, 336.947 brasileiros perderam a vida para a doença causada pelo novo coronavírus.

Também foram confirmados mais 86.979 casos, totalizando 13.100.580. 

Essa máxima é puxada pelos dados do estado de São Paulo, que registrou mais 1.139 mortes por Covid-19 nesta terça, o maior número até o momento. De acordo com a secretaria estadual de Saúde, a atualização contém dados acumulados desde o feriado da última sexta-feira (2).  

Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) ouvidos pela CNN disseram que só um lockdown nacional, com duração mínima de duas semanas, seria capaz de conter o avanço da doença no país. Para eles, apenas medidas rígidas podem evitar que o mês de abril seja ainda pior que março, o mês mais fatal da pandemia até o momento, com 66.868 óbitos registrados.

Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, durante pandemia da Covid-19
Sepultamento noturno no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, durante pandemia da Covid-19

Outra maneira de frear a pandemia seria o avanço da vacinação. No entanto, até esta terça, o país aplicou ao menos 26 milhões de doses —dessas 20,3 milhões são referentes à primeira dose e 5,6 milhões, à segunda, necessária para ser considerado imunizado. Os números correspondem à 9,6% e 2,6% da população, respectivamente. 

O presidente Jair Bolsonaro disse à CNN que há grande probabilidade que o país fabrique a vacina Sputnik V e que uma equipe do governo deve visitar as instalações de produção na Rússia em breve. 

No entanto, o imunizante ainda não recebeu aprovação para uso emergencial ou registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No último dia 27, o órgão suspendeu o prazo de análise do requerimento feito pela Neo Química, representante da Sputnik no Brasil, por falta de dados. 

Com informações de Lucas Janone, da CNN no Rio de Janeiro

Fonte CNN Brasil.

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