Bezerra de Menezes tem ala destinada à Covid-19
Medidas foram adotadas desde o início da pandemia, para garantir a saúde de pacientes e funcionários
A pandemia alterou o funcionamento dos serviços de vários setores. Naqueles destinados à saúde, as recomendações precisaram de uma atenção ainda mais especial. Em Presidente Prudente, no Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes, por exemplo, as ações começaram a ser colocadas em prática desde os primeiros comunicados dos órgãos de saúde – inclusive, com a criação de uma ala especial destinada a casos suspeitos ou positivos da Covid-19.
O setor foi implantado no hospital psiquiátrico justamente para o eventual afastamento dos pacientes assistidos pela instituição. “Temos um público de pacientes psiquiátricos e que alguns têm dificuldades de expressar os sintomas”, afirma Michelle Medeiros Lima Salione, diretora clínica do hospital. “E é óbvio que nossa observação tem que ser redobrada. Caso apresente qualquer alteração, vai para o isolamento da Covid até que seja ou não comprovado”, explica.
Segundo a diretora clínica, nenhum paciente foi infectado pelo novo coronavírus. Por outro lado, alguns funcionários estiveram afastados por suspeita da doença, mas, de acordo com ela, são pessoas que trabalham em outros locais e que logo quando surgiram os primeiros sintomas foram imediatamente afastadas para evitar o contato com os demais. “Nem chegaram a ir trabalhar”, afirma.
A ala especial foi uma das medidas necessárias e importantes adotadas pelo hospital, que garantiram a segurança dos funcionários e de aproximadamente 160 pacientes da instituição. “Na realidade, o serviço hospitalar já tem protocolos claros de higienização”, salienta Michelle. “Mas, foi um momento de readaptação por novas mudanças, de medo, insegurança que todo mundo estava tendo por não conhecer a doença e suas consequências”, lembra.
Aproximação dos laços
Segundo a diretora clínica, no período do ápice da pandemia, as visitas aos pacientes foram canceladas, e o contato com familiares ocorreu por ligações telefônicas e chamadas de vídeo. “Há uns dois meses, quando deu uma acalmada, liberamos as visitas [com restrições de pessoas e tempo], mas depois de quase um mês nós cancelamos novamente”, explica. De acordo com Michelle, os familiares entendem o cenário da pandemia, e não houve problemas quanto à suspensão.
Para quem está do lado de dentro do hospital, informação sobre a Covid-19 é o que não falta. Durante o período, pacientes e servidores participaram de palestras, com atualizações que também são completadas por meio dos noticiários de televisão. Vale lembrar que, na instituição, protocolos como aferição da temperatura, disponibilização de álcool em gel, tapete higienizador e o uso de EPI (equipamento de proteção individual) e máscaras são obrigatórios.
O Imparcial
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